Quimiometria no agronegócio: um estudo de caso na indústria do tabaco

O agronegócio é um importante pilar no PIB brasileiro além de ser muito expressivo nas exportações do país. Seu constante crescimento está ligado, entre alguns outros fatores, ao aumento do nível tecnológico no campo. Entre os principais produtos agropecuários brasileiros está o tabaco (Nicotiana tabacum), no qual o país é o maior exportador do mundo. Nas últimas décadas, o setor de tabaco desenvolveu tecnologias agronômicas para melhorar a produtividade, rentabilidade e diminuir o risco de perdas econômicas no campo tornando a cultura um modelo de sustentabilidade. Aplicações de diversas ferramentas quimiométricas podem fornecer uma compreensão diferenciada do tabaco e de seus produtos, como por exemplo cigarros convencionais e eletrônicos. Essa compreensão não é só do ponto de vista químico, mas também no desenvolvimento de novos produtos e de suas relações. No campo, a quimiometria pode auxiliar em toda cadeia produtiva desde práticas analíticas na própria lavoura até o controle de pragas, além de suportar sistemas inteligentes alinhados com o conceito de indústria 4.0.  Nesta apresentação, serão abordadas tendências recentes em análises aplicadas a tabaco e como a quimiometria pode e tem auxiliado o negócio. Dessa forma, desenvolvimentos de metodologias analíticas associadas a quimiometria (nominadas plataformas analíticas) com o enfoque em técnicas de espectroscopia na região do infravermelho, imageamento hiperespectral na região do infravermelho, cromatografia gasosa, cromatografia liquida e espectrometria de massas, como, por exemplo, a determinação simultânea de mais de 30 analitos por HTS-FIA-HRMS, serão apresentadas.