São Paulo, Fevereiro de 2005 - Vigor do agronegócio registra recordes no uso de eletricidade no PR e MT. A pujança do agronegócio brasileiro tem provocado crescimento do consumo de energia elétrica pelas propriedades rurais nos principais centros produtores, como Paraná e Mato Grosso, primeiros no ranking de produção de grãos no País. No Paraná, maior produtor de grãos, com 27,5 milhões de toneladas colhidas em 2004, o crescimento do consumo de energia na zona rural no ano passado, aliado à migração de grandes consumidores industriais do mercado cativo para o de livre negociação, causou uma situação inusitada no balanço da distribuidora estatal de energia elétrica, a Copel. A indústria, maior usuário de energia elétrica no estado, teve queda de 1,4% no consumo em 2004, enquanto a agricultura apresentou um crescimento de 5,6%. O aumento no uso de energia pelos consumidores rurais vem sendo registrado com mais intensidade desde 2003. No Mato Grosso, por exemplo, a energia elétrica destinada para irrigação das lavouras teve um expressivo aumento de 1.854% em 2003, período considerado como boom na expansão das obras de irrigação no estado. No ano passado, o crescimento do consumo no segmento de irrigação foi de 33%. De acordo com Miriam Gomes Silva, assessora de mercado da distribuidora de energia do Mato Grosso, a Cemat, no ano passado o consumo de energia pelos produtores rurais do estado cresceu 22,98% em relação a 2003, ano que já havia registrado um incremento de 31,87% no consumo de energia elétrica.
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Em Tocantins, a Celtins teve um consumo de 65,1 mil MWh pela classe rural em 2004, acima dos 51 mil MWh de 2003 e mais que o dobro dos 23,2 mil MWh fornecidos em 2000. Em Goiás, a Celg teve um aumento de 8,83% no consumo rural em 2003, que ficou abaixo somente da indústria, com crescimento de 11,91%. Em Minas Gerais, o aumento no consumo rural foi 4% em 2003. |
Adaptado de:
Raymundo de Oliveira,
Gazeta Mercantil, 14 de Fevereiro de 2005.