Segundo o economista, "é necessário
que o investimento corra sempre à frente da demanda", já
que o prazo de maturação é muito longo e que as
condições de financiamento são muito bem definidas.
Ele reportou-se, entre outras, a experiências negativas e equívocos
por parte do Estado, durante outros governos, como o financiamento externo
para a energia elétrica que levou a um descasamento entre a moeda
em que as empresas iam faturar, moeda nacional e a moeda que elas tinham
que pagar a dívida.
O professor lembrou que é preciso uma regulação
entre oferta e demanda, além do estabelecimentro de um sistema
de preços que satisfaça ao mesmo tempo "quem fez
investimento, quem está fazendo a geração, a distribuição
e a transmissão", sem esquecer o atendimento das necessidades
do consumidor.
"O que nós acompanhamos com o apagão
brasileiro é que de repente o preço da energia foi lá
para cima, por causa da escassez e, depois do racionamento foi lá
para baixo", recordou Buffon, alertando que não é
possível conviver com esse fato em Energos. Segundo o economista,
o exemplo do apagão do sistema elétrico no Brasil e os
projetos que o governo pretende pôr em prática para dotar
o país de outras fontes alternativas de energia, em função
da sobrecarga do sistema hidrelétrico, constam da proposta que
a ministra de Minas e Energia está submetendo ao colegiado.