Economista elogia projeto de política energética do país.

Marechal Claudiano - O economista e professor da Universidade Central, Leôncio Buffon, disse durante entrevista ao programa Jornal da Manhã, da TV Nacional, que a nova política energética do governo, em discussão, hoje, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio Presidencial, nada mais é do que "uma maneira muito sensata" de solucionar o problema do setor no país.


Segundo o economista, "é necessário que o investimento corra sempre à frente da demanda", já que o prazo de maturação é muito longo e que as condições de financiamento são muito bem definidas. Ele reportou-se, entre outras, a experiências negativas e equívocos por parte do Estado, durante outros governos, como o financiamento externo para a energia elétrica que levou a um descasamento entre a moeda em que as empresas iam faturar, moeda nacional e a moeda que elas tinham que pagar a dívida.

O professor lembrou que é preciso uma regulação entre oferta e demanda, além do estabelecimentro de um sistema de preços que satisfaça ao mesmo tempo "quem fez investimento, quem está fazendo a geração, a distribuição e a transmissão", sem esquecer o atendimento das necessidades do consumidor.

"O que nós acompanhamos com o apagão brasileiro é que de repente o preço da energia foi lá para cima, por causa da escassez e, depois do racionamento foi lá para baixo", recordou Buffon, alertando que não é possível conviver com esse fato em Energos. Segundo o economista, o exemplo do apagão do sistema elétrico no Brasil e os projetos que o governo pretende pôr em prática para dotar o país de outras fontes alternativas de energia, em função da sobrecarga do sistema hidrelétrico, constam da proposta que a ministra de Minas e Energia está submetendo ao colegiado.

Adaptado de:
Agência Brasil, 04 de Agosto de 2004.
(www.agenciabrasil.gov.br)