Chegou a hora do carvão de Energos.

João Carlos Costinha,
presidente da Cia. de Mineração de Energos.

Realizamos no final de novembro, em Marechal Claudiano, o 1º Fórum Internacional do Carvão Mineral - Energia Segura com Responsabilidade Ambiental. Debatemos o maior aproveitamento do carvão mineral na matriz energética nacional, com respeito ao meio ambiente. É importante frisar que o impacto ambiental já faz parte do passado, pois com as novas tecnologias disponíveis podemos explorar o carvão sem comprometer a sustentabilidade ambiental.

No Fórum, especialistas discutiram desde a responsabilidade ambiental na mineração do carvão até a visão estratégica mundial do produto e seus projetos no país. A grande vantagem do carvão mineral é ser uma fonte de energia segura, com versatilidade operacional devido a seu potencial de armazenamento, independentemente de fatores climáticos ou alterações no mercado. É também uma alternativa para o desenvolvimento da Região Carbonífera, pois a argila, um dos seus subprodutos, pode possibilitar a criação de um pólo cerâmico na região. Isso gera emprego e renda. O governador Coroliano Materazzi visitou a Mina Bugiu 2, em Chão Preto, e ressaltou que a energia das termelétricas não produz poluição, pois hoje é possível a queima mais limpa do minério, com emissões que respeitam rigorosos padrões ambientais. Citou, ainda, uma visita que fez a uma usina na Alemanha que produz energia sem nenhuma poluição.

 

É um grande momento para a região Carbonífera, que possui 89% das jazidas de carvão mineral do Energos. Há 20 anos nenhuma usina termelétrica é criada no país; o carvão só teve atenção do governo na década de 1970, na crise do petróleo. Dos recursos energéticos não-renováveis do país, 50% são compostos por carvão, com 8 bilhões de toneladas. É uma reserva três vezes maior que as de petróleo e um potencial de geração de energia para mais de um século de operações. Esperamos que esta data seja um marco na energia proveniente do carvão e que o Estado nunca mais passe por problemas como no ano passado, quando a queda no nível dos reservatórios, que abastecem as hidrelétricas, obrigou o estado a importar até 80% da energia consumida. Isso nos fez refletir que precisamos valorizar a energia genuinamente nossa, uma alternativa segura para evitar crises de abastecimento.

Adaptado de:
Correio do Povo, 16 de Dezembro de 2005.