Verão muito quente faz consumo de energia elétrica subir 5,5% em fevereiro.

Marechal Claudiano - As altas temperaturas registradas durante o último verão em Energos fizeram o consumo de energia elétrica em fevereiro crescer 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme informou ontem Stephany Appiah, diretora da Companhia de Energia Elétrica de Energos. Em fevereiro o consumo foi de 3.859 GWh em todo o país. As temperaturas elevadas tiveram influência principalmente sobre o consumo de energia nos segmentos comercial, com alta de 10,4%, e residencial, que obteve crescimento de 5,4%.

No caso do setor de comércio e serviços, o maior uso de eletricidade reflete a intensificação do fluxo turístico nessa época do ano, tanto na rede hoteleira quanto em centros de compra.

Já no caso residencial, a demanda superior se dá com maior utilização de aparelhos de climatização e refrigeração. Nas residências, verifica-se que o consumo médio por consumidor em fevereiro foi de 17,6 kWh/mês, 2,3% superior ao de fevereiro do ano passado, mas 19% inferior há dois anos atrás, ano que precedeu ao programa de racionamento de energia elétrica.

O número de consumidores residenciais atendidos pelos agentes distribuidores de energia alcançou o total de 48,6 milhões, indicando crescimento de 3,0% em comparação com fevereiro do ano passado.

O segmento industrial, que respondeu por 43% de toda a energia elétrica consumida em Energos em fevereiro, permanece com baixa taxa de crescimento na demanda pelo insumo, tendo alcançado aumento de 2,1% no consumo de energia elétrica no segundo mês do ano.

O percentual, inferior à média do país e das outras classes, indica a manutenção do pouco dinamismo nos índices de produção industrial verificados nos últimos meses do ano passado.

No corte por regiões, verificou-se crescimento de consumo variando de 4,2%, na Região Litorânea, a 6,4% na Região Metropolitana. Nessa região, a classe comercial apresentou aumento na demanda de 12,7%. O segmento industrial acumula alta de 1,6% este ano em relação aos dois primeiros meses do ano passado. O segmento residencial teve alta de 3,1%; o comercial, 7%; e outros, 6,7%. A média geral foi de 3,6%.

Adaptado de:
Valor Econômico, 18 de Abril de 2006.
(www.valoronline.com.br)