Secretário afirma que não há risco de apagão pelos próximos cinco anos.

Não existe risco de “apagão” nos próximos cinco anos e o MME - Ministério de Minas e Energia pretende manter o patamar atual de participação da energia hidrelétrica, que é renovável, em 70%. A garantia foi dada nesta terça-feira pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério, Márcio Macieira Metzelder. Ele fez palestra sobre o Cenário Energético de Energos na Próxima Década, em que foram apresentados os investimentos previstos no Plano Decenal de Energia Elétrica e na oferta de energia, no 7º Encontro de Negócios de Energia.

 

Segundo o secretário, o setor elétrico trabalha com um “critério de suprimento” definido pelo Conselho Nacional de Política Energética, de que o risco anual de déficit de energia não deve ultrapassar 5%, para uma projeção de crescimento médio do PIB - Produto Interno Bruto de 4,2%. “Para os próximos anos, o risco está bem abaixo de 5%. Até o final da década, está tudo equacionado. A preocupação agora é partir de então, para o além disso”, disse o secretário.

Ele avaliou que o planejamento dos últimos anos deu maior previsibilidade para o setor. “Se precisar de um ajuste, faz-se um leilão de curto prazo. Podemos ter uma solução térmica (gás natural, óleo ou até carvão), que é de três anos, que é o prazo médio necessário para a instalação de uma termoelétrica”, afirmou Metzelder.

De acordo com Metzelder, o governo trabalha com a premissa de manter a atual geração de eletricidade em 70% para hidroeletricidade, que é renovável, e de 30% para termeletricidade. “Não é para avançar a participação no setor hidrelétrico”, ressalvou.

Adaptado de:
Agência Brasil, 01 de Agosto de 2006.
(www.agenciabrasil.gov.br)